sexta-feira, 10 de março de 2017

Opinião | "Águas Passadas"

Realização: Walter Salles
Argumento: Hideo Nakata, Takashige Ichise , Rafael Iglesas, Kôji Suzuki (romance)
Com:  Jennifer Connelly, John C. Reilly, Tim Roth, Pete Postlethwaite, Ariel Gade, Dougray Scott
Género: Drama, Thriller, Terror


Dahlia e a sua filha Cecilia mudam-se para um apartamento na Roosevelt Island em Nova Iorque, um local onde Dahlia consegue suportar o preço da renda da casa de modo a ficar com a sua filha. Esta enfrenta agora uma batalha pela custódia da sua filha e foi o único lugar que conseguiu arranjar em pouco tempo - ou o seu futuro ex-marido ficará com Cecilia, ou Ceci como a mãe lhe chama.

Embora o apartamento estivesse em mau estado, principalmente um cano roto no tecto por cima da cama do único quarto da casa, estas alojam-se lá. Está constantemente a cair água do tecto mas nem o senhorio nem o porteiro do prédio se parecem importar muito com isso.

Dahlia ouve também barulhos vindos do andar de cima e vai investigar. Encontra o apartamento acima do seu completamente alagado, com as torneiras abertas e com ar de abandonado. Veeck, o porteiro, culpa os adolescentes que visitam o prédio de vez em quando. Dahlia pensa que está a dar em louca e a sua filha começa a falar com a amiga imaginária, que a leva a ter problemas na escola. O pai poderá alegar que o estado mental da mãe está a influenciar a filha e ficar com a custódia.

Mas Dahlia descobre, pelos seus próprios meios que há mais naquela casa do que aquilo que parece. Estarão as duas a salvo naquela casa?




Não posso dizer que seja um filme mau mas também não é bom - melhor, não é o que eu esperava. E lá venho eu com a mania da perseguição por isto ser um remake de um filme originalmente japonês (Honogurai mizu no soko kara) mas agora quero ver o "original" para comparar com este. Não que eu confie nas classificações do IMDB (porque não confio) mas parece que o original é melhor.

A história foca muito na personagem Dahlia e não tanto no que está a acontecer. Penso que ela tem reacções que nenhuma mãe teria - ou se calhar sim, mas eu não sei. Sabendo que o prédio não é assim tão limpo e seguro e tudo o resto para a sua filha, como é que ela é capaz de a deixar sozinha antes de entrarem no elevador?

E qual é o problema com o pai da criança? No início do filme estão tão zangados um com o outro, ou porque querem a criança, ou porque ela não gosta que ele tenha outra... Mais para a frente ela lida na maior das descontracções com ele, como se nada fosse.

E que advogado é aquele com quem ela se aconselha?! É um taxista! A amiga aconselha-a a falar com um advogado quando se mudam para o apartamento novo e diz-lhe que ela não pode escolher qualquer um da lista telefónica e dá-lhe um contacto de sabe-se lá quem. Vamos a ver e olha é um taxista e advogado em part-time que não tem vida, nem família (embora lhe diga que sim e que não a pode atender porque está a passar um belo momento familiar no cinema, quando está sozinho!)

Este filme mostrou coisas que não entendo. O final é quase óbvio - ela disse que fazia tudo pela sua filha e se isso a levasse a ser filha de outra pessoa então ela não pensaria duas vezes, e quem não viu o filme entenda isto como queira.

Mas mais uma vez, o filme não é mau! A história é boa, gosto da premissa, da ideia da água e de o filme se passar praticamente debaixo de chuva intensa. Mas não me impressionou muito.

Classificação: 4,5/10
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